A inoperância paga-se caro.
Não decidir acaba por ser uma decisão, ou seja, decide-se que não se decide.
Ora os políticos são eleitos para isso mesmo, decidir, tomar posições, escolher rumos e opções.
Quando a reforma administrativa começou a ser ventilada foram dadas 2 oportunidades aos municípios, neste caso às Assembleias Municipais, para se pronunciarem: Antes e depois da proposta de uma unidade técnica.
Aqui em Ourém os eleitos optaram por não decidir.
O PSD apareceu com uma proposta que acabou por retirar, sem ser votada e pouco mais foi feito. Depois, já com a proposta, lá se tentou fazer algo, mas em vão.
Onde não há vontade não é fácil construir, mas sim antes destruir.
Com a publicação recente da reforma administrativa ficou-se a saber que freguesias vão ser unidas, bem como qual delas fica com a sede da União das Freguesias tal, tal e tal.
Obviamente que após as autárquicas o nome será outro, não se manterá, a sede também pode ser mudada, é certo.
Mas com esta lei, quer se queira, quer não se queira, quer se fale em união, podemos dizer que Gondemaria foi fundida à freguesia do Olival, Ribeira do Fárrio e Formigais a Freixianda, Cercal a Matas, Casal dos Bernardos a Rio de Couros.
Bem, ou mal, a inoperância paga-se caro.
Contudo, a meu ver, houve um político que se saiu bem na fotografia.
O Presidente de Casal dos Bernardos conseguiu que a sua Assembleia votasse a favor da fusão da sua freguesia a Caxarias.
O Presidente de Casal dos Bernardos conseguiu que a sua Assembleia votasse a favor da fusão da sua freguesia a Caxarias.
Mas até nem essa vontade foi feita.
Afinal o preço de não se decidir já se sabia: Aceitar o que outros entendessem. Assim foi.
Agora é aguentar.