sexta-feira, 28 de junho de 2013

Tá-se bem por Ourém [03-XXX]: Carapau, cara de pau....

A reboque do que escrevia o Fernando, ironizando na linha dele (o que é manifestamente um desafio para quem o conhece), venho-vos falar de algo que as moscas tanto gostam: Carapau.
Lembram-se daquele peixinho a secar na Nazaré, crivado das ditas moscas?
Pois é. A política local está crivada de caras de pau, ou carapaus.
Nós somos a sardinha miúda, sem direito a entrada na lota do poder.
Nas autárquicas de 2013 perfilam-se vários caras de pau, pessoas que cultivam um ódio quotidiano visceral, mas que para efeitos de tacho se riem lado a lado, se abraçam e se dizem amigos e companheiros.
Os primeiros carapaus (caras de pau) são Albuquerque e Moura.
Anos a fio deram-se pior que gatos e cães, sempre a morderem-se e a arranharem-se. Colocaram a política ao nível do plano pessoal, diziam que as divergências eram questões familiares.
Os partidários de um e de outro trocavam tiros em escaramuças, numa barricada pegada que se tornou o PSD. Outros eram acusados de espionagem, quando se tentaram colocar equidistantes. “Quem não estivesse comigo era contra mim”.
Agora aparecem juntos, com cara de pau, com uma certeza: Albuquerque terá que ganhar. A Moura a vitória será outra, implicará a vitória de Fonseca e a sua própria, contra Deolinda Simões para a Assembleia Municipal.
Ou seja ganhar para Moura implica a derrota do PSD. Ele sabe-o e vai jogar com isso.
Mas há mais carapaus. O executivo municipal: Fonseca, Alho, Lucília e Nazareno.
As divergências internas são conhecidas desde há 3 anos a esta parte e têm se vindo a agudizar, não se entendem, mal se falam, quase como aquele programa: “Público e Notório”.
Terão estes carapaus a coragem de aparecer juntos? Em fotografias e foguetório?
Provavelmente, embora comece a ser indisfarçável, juntos dos circuitos próximos a estes 4, que “as coisas” já tiveram melhores dias.
Mas de facto até outubro o carapau grelhado é um ótimo prato, com a certeza que estes aqui não se vão queimar, é mais fácil sermos nós, a tal sardinha miúda, acabados a marinar num prato com pimento, ou comidos no pão.


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