Por estes dias vive-se em Ourém uma mania, a dos não
remunerados.
Ou seja, alguém que julga, por não
levar o salário para casa, que ganha maior legitimidade para atuar em certo
sítio e sentido.
Muito bem, são ideias, das quais discordo
em absoluto.
Na realidade acabamos por pagar os políticos que queremos
ter, ou seja, senão estamos dispostos a
pagar muito, então nunca (ou raramente) teremos os melhores na chancela da
causa pública.
Quer no caso do Vereador Frazão,
quer no caso do agora ex-Vereador José Alho (leiam aqui a notícia) é incompreensível a atitude dos
visados.
O primeiro acerta um desacordo
qualquer e diz rejeitar qualquer remuneração. Pudera, está reformado e não a pode acumular...
O segundo vai para Professor, (de
uma escola em Ourém? duvido...), e continua a administrar uma empresa que tem
um peso brutal nas contas municipais?
Tipo quê? Mercearia em part-time?
Se alguém a tempo inteiro não
controla aquilo, quanto mais um administrador em part-time não remunerado.
Servirá para duas coisas apenas,
penso eu:
Perpetuar tachos existentes e ficar
na antecâmara do lugar de vereação que a curto/médio prazo lhe vai cair no
colo.
Por favor, orientem-se, ganhem “tino” e honrem os vossos
compromissos. O povo anda a ficar farto de tanta trapalhada, de parte a parte,
e dia 29 foi um bom aviso para todos os partidos políticos…
Abstenção, nulos, votos brancos….
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